sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A chalupa lagosteira "Santa Maria"


Portugal e a guerra
O ataque e afundamento da chalupa ao largo de Peniche

Desenho de chalupa sem correspondência ao texto

Características da chalupa
Nº. Oficial: 437-C - Iic: H.S.M.B. – Porto de registo; Lisboa
Armador: João P. Leite, Lisboa
Construtor: Não identificado, Kerity, França, 1910
Arqueação: Tab 55,76 tons - Tal 43,16 tons
Dimensões: Pp 15,70 mts - Boca 5,80 mts - Pontal 2,75 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 4 tripulantes

A chalupa foi canhoneada e afundada pelo submarino alemão U-22, que se encontrava sob o comando do capitão Hinrich Hermann Hashagen, quando se encontrava ao largo de Peniche, em viagem de Lisboa para o Porto, no dia 4 de Julho de 1918.

Náufragos da chalupa “Santa Maria”
Viana do Castelo, 10 – Chegaram ante-ontem à cidade os tripulantes da chalupa lagosteira “Santa Maria”, canhoneada em Peniche.
O seu mestre, sr. Lúcio, disse que os tiros foram certeiros, não lhe dando tempo a salvar coisa alguma, nem mesmo a arrear a gamela.
Nadaram durante 10 minutos até que o submarino os tomou e os conduziu a uma barca da picada, sendo por esta lançados em terra. A bordo do submarino foram muito bem tratados.
O submarino conservou-se à vista da barca da picada até esta alar as redes e navegar para terra, onde chegou às 11 horas da noite. O canhoneio deu-se às 5 horas da tarde.
Os pobres pescadores, sem roupa para mudar, conservaram-se molhados até que em Peniche lhes dispensaram roupas.
(In jornal “Comércio do Porto, quarta-feira, 11 de Julho de 1918)

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