terça-feira, 16 de agosto de 2016

História trágico-marítima (CXCVII)


O naufrágio do "P.L.M."8" próximo à barra do porto de Lisboa

Esta é mais uma notícia retirada das páginas da Ilustração Portuguesa, sobre o encalhe de um vapor francês no Cabo Raso, em 26 de Setembro de 1922, seguindo-se a sua total destruição por acção do mar.
O relato da ocorrência inscrito nas páginas da revista, é perfeitamente elucidativo das causas do sinistro, e obviamente comparável a tantos outros acidentes que tiveram lugar na costa portuguesa, desta feita felizmente sem vitimas.
Porém, merece especial destaque a última imagem publicada na segunda página. Isto porque achei que já tinha visto um pouco de tudo, no que respeita à quantidade de "mirones", nacionais ou estrangeiros, que em circunstancias idênticas nunca abdicaram de presenciar "in loco" a dimensão da tragédia.
Mas, acredito que somente no nosso país seria possível constatar a singularidade dum comerciante, munido dum apetecível barril de vinho, a vender uns copos aos interessados, em pleno local do desastre!

(In revista "Ilustração Portuguesa", Nº 868, de 7 de Outubro de 1922)

Características do vapor "P.L.M. 8"
1917-1922
Armador: Soc. Nationale d'Affretements, Le Havre, França
Construtor: New York Shipbuilding, Camden, New Jersey, Dez., 1915
ex "Virginia", Pocahontas Navigation Inc., Nova Iorque, 1915-1916
ex "Virginia", Harby Steamshipping Inc., Nova Iorque, 1916-1916
ex "Virginia", Gaston, Williams & Wigmore, Wilmington, 1916-1917
Arqueação: Tab 3.552 tons
Dimensões: Pp 97,10 mts - Boca 15,10 mts
Propulsão: 1 motor de tripla expansão - 10,5 m/h
Equipagem: 33 tripulantes

(In revista "Ilustração Portuguesa", Nº 868, de 7 de Outubro de 1922)

O naufrágio do "P.L.M. 8"
O mar está agitadíssimo, continuando a destruir o vapor de carga francês "P.L.M. 8", encalhado nos rochedos do Cabo Raso.
(Jornal "Comércio do Porto", 28 de Setembro de 1922)

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