quinta-feira, 16 de julho de 2015

História trágico-marítima (CLIII)


O encalhe do vapor “Mormugão”

No encalhe do vapor “Mormugão”,
não resultou perigo para os passageiros
Segundo um telegrama recebido nos Transportes Marítimos do Estado, o vapor “Mormugão”, da carreira da América, encalhou à entrada de Newbedford, devido ao nevoeiro.
O navio, que conduzia grande número de passageiros, conseguiu safar-se pouco depois, sem avaria de importância e prosseguiu viagem, não carecendo de entrar em doca seca para reparar.
Esta informação, conquanto diversa de outras chegadas do estrangeiro, deve ser a mais exacta. No entanto, quer esta quer as outras, dão, felizmente, como livres de perigo os passageiros.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 1 de Maio de 1921)

Imagem do vapor "Mornugão" dos T.M. do Estado
Desenho de Luís Filipe Silva

Características do vapor “Mormugão”
Armador: Transportes Marítimos do Estado, Lisboa
1916-1924
Nº Oficial: 412-E - Iic: H.M.O.R. - Registo: Lisboa
Construtor: Blohm & Voss, Steinweder, Alemanha, 11.09.1904
ex “Esne” – D.D.G. Kosmos, Hamburgo, 1904-1910
ex “Kommodore” – Deutsch Ost-Afrika, Hamburgo, 1910-1916
Arqueação: Tab 6.064,00 tons - Tal 3.849,70 tons
Dimensões: Pp 125,32 mts - Boca 15,51 mts - Pontal 8,70 mts
Propulsão: Blohm & Voss, 1904 - 1:Qe - 2.800 Ihp - 10 m/h
Vendido a Lara Sousa & Cª. em 1924, ficou ao serviço da Companhia de Açucares de Angola com o nome “Infante de Sagres”. Foi ainda vendido à Companhia Nacional de Navegação, em 1927, sendo rebaptizado “Zaire” e naturalmente utilizado nas carreiras para África.

Os passageiros do “Mormugão”
Black-Island, 2 – Todos os passageiros do vapor “Mormugão” foram esta tarde transferidos para terra, sãos e salvos.
(In jornal “Comércio do Porto”, segunda, 2 de Maio de 1921)

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