domingo, 21 de agosto de 2011

História trágico-marítima (XXXIV)


O naufrágio do vapor " Begoña "

Cerração no mar - Vapor ao fundo - Tripulação salva
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Domingo, 6 do corrente, de tarde, levantou-se no mar uma grande cerração, dando lugar a um naufrágio na nossa costa, próximo a Vila do conde. O vapor espanhol “Begoña”, de 1.718 toneladas, da praça de Bilbao, vindo de Huelva com mineral para aquele porto, devido ao intenso nevoeiro, parece que navegava muito à terra, de maneira que, por volta das 2 horas da tarde, o vapor bateu nas pedras da Vila, em frente a Cachinas, próximo a Vila do Conde.
O embate foi tão violento que o navio abriu água e, em pouco tempo, mergulhou totalmente. Felizmente toda a tripulação, em número de 29 homens, se pode salvar.
No departamento marítimo do norte houve conhecimento da catástrofe, sendo imediatamente mandado seguir de Leixões para as alturas de Vila do Conde o rebocador “Mars” e o caça-minas “Margarida Victória”, a fim de prestarem socorros. Saíram igualmente da Póvoa de Varzim, de Vila do Conde e das Cachinas, embarcações para prestar socorros. O “Begoña” perdeu-se por completo, tendo apenas os topos dos mastros fora de água.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 07 de Agosto de 1917).

O vapor “ Begoña “
1896 - 1917
Compañía Naviera Sota y Aznar, Bilbao, Espanha

Cttor.: Raylton Dixon & Co., Middlesborough, Inglat., 12.1896
Arqueação: Tab 2.862,00 tons - Tal 1.718,00 tons
Dimensões: Pp 92,96 mts - Boca 12,95 mts - Pontal 6,10 mts
Propulsão: Nthdest.M.Eng., 1896 - 1:Te - 3:Ci - 224 Nhp - 10 m/h
Equipagem: 29 tripulantes

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