sábado, 27 de março de 2010

Esposende, do século XIV ao século XX


História marítima da urbe minhota,
navios e construção naval

Foi com grato prazer que assisti esta manhã à apresentação do livro, com o título supra referenciado, da autoria do ilustre amigo José Eduardo Sousa Felgueiras, autarca, estudioso e investigador de múltiplos assuntos, entre os quais o do passado histórico Esposendense.

Trata-se de um excelente trabalho de pesquisa, muito bom graficamente e de supremo interesse para um melhor conhecimento da temática marítima, de entre Douro e Minho e simultaneamente crucial, quando apreciado num contexto alargado a nível nacional.

Lembramos que no país, apesar de repetidamente se falar nos “Oceanos”, há muito se esqueceram de falar na mais profícua utilização do mar. Nesse mar, percorrido de lés a lés pelos nossos antepassados lusitanos, permitindo que D. Afonso Henriques, o primeiro Rei, tivesse embarcado em navio da frota dos Cruzados, num dos pequenos portos do Norte, de onde partiu para conquistar Lisboa e Alcácer do Sal.

Por este e outros motivos, contam-se já 900 anos de navegações para Norte e 600 anos de descobertas para Sul e para Oeste. Não obstante a enormidade de feitos universalmente reconhecidos aos portugueses, ainda hoje se reclama obras na barra do porto de Esposende, em favor dum núcleo de marítimos e de pescadores, que teimosamente resiste ao confronto, perpetuado pelo eterno desinteresse político governamental.

Aproveito ainda a oportunidade para elogiar publicamente, a intenção proposta pelo Presidente da Câmara de Esposende, de disponibilizar vários volumes desta obra, para estudo e discussão nas diversas escolas do concelho. Na nossa opinião, revela-se obrigatório dar conhecimento a um mais alargado número de interessados, na permanente divulgação dos feitos marítimos nacionais e no esclarecimento histórico revelador do caracter das personagens ali reproduzidas.

Caro amigo José Felgueiras, os nossos parabéns pela edição do livro, ponto final de uma maratona de horas de inesgotável aprendizagem, agora compartilhada connosco. Fazemos votos, que ao contrário do que se possa imaginar, este livro em lugar do fim antecipado pela última página, seja o prenúncio de novas conquistas literárias, igualmente perfumadas com cheiros de maresia.

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