segunda-feira, 5 de maio de 2008

Rebocadores

Rebocadores (4)
Empresa de Tráfego e Estiva, Lda.
Largo do Corpo Santo, 21-1º, Lisboa
" Falcão Primeiro "



O "Falcão Primeiro" em Leixões - imagem (c) Fotomar

Nº Oficial: H-493 > Iic.: C.S.H.O. > Registo: Lisboa, 30.10.1972
Cttor.: Scott & Sons, Glasgow, Escócia, 1923
ex "Falcão 1º" - Secil- Comp. Cal e Cimento, Setúbal, 1942-1972
Tonelagens: Tab 97,09 to > Tal 11,65 to
Cpmts.: Pp 24,74 mt > Boca 5,51 mt > Pontal 2,49 mt
Máq.: Gauldie, Gillespie & Co. > 1:Cd > 400 Ihp > Veloc. 10 m/h


Empresa de Transportes Fluviais e Marítimos
Rua Infante D. Henrique, 131, Porto


" Júpiter "

O "Júpiter" - foto da colecção de fsc

Nº Oficial: B-146 > Iic.: H.J.T.P. > Registo: Capitania do Porto
Construtor: ??
Tonelagens: Tab 114,58 to > Tal 33,42 to
Cpmts.: Pp 30,00 mt > Boca 5,80 mt > Pontal 2,80 mt
Máq.: ??
" Mars 2º "

O "Mars 2º" - foto da colecção de fsc

Nº Oficial: A-143 > Iic.: C.S.K.U. > Registo: Capitania do Porto
Cttor.: Scott & Sons., Bowling, Escócia, 1909
Tonelagens: Tab 114,25 to > Tal 39,22 to
Cpmts.: Ff 31,88 mt > Pp 27,59 mt > Bc 5,53 mt > Ptl 2,74 mt
Máq.: Fishers, Ltd., Painsley, 1909 > 1:Te > 348 Ihp > 10 m/h


Francisco Henrique de Oliveira
Calçada Marquês de Abrantes, 52, Lisboa


" Atlético "

Nº Oficial: G-488 > Iic.: C.S.N.H. > Registo: Lisboa, 21.06.1947
Cttor: Cox & Co., Inglaterra (Reconstruído em Lisboa em 1947)
ex "Mayne" - ??
Tonelagens: Tab 89,98 to > Tal 11,69 to
Cpmts.: Ff 26,62 mt > Pp 25,02 mt > Bc 5,00 mt > Ptl 2,50 mt
Máq.: Cox & Co., 1927 > 1:Te > 300 Ihp > Velocidade 7,5 m/h
Lobo & Freitas, Lda.
Rua Infante D. Henrique, 39, Porto

" Águila "

Nº Oficial: B-193 > Iic.: C.S.K.Z. > Registo: Capitania do Porto
Construtor: ??, Roterdão, Holanda, 1914
Tonelagens: Tab 45,08 to
Cpmts.: Pp 17,59 mt > Boca 4,40 mt > Pontal 2,29 mt
Máq.: v/d Kuy & v/d Ree, 1916 > 1:Te > 180 Ihp > Veloc. 9 m/h
Naufragou por encalhe na praia da Costa Nova, em 07.10.1936

5 comentários:

Rui Amaro disse...

Olá Reimar
Ai vai mais historial desses dois rebocadores, que pertenciam aos meus patrões.
Os rebocadores Jupiter e Mars 2º
da Empresa de Transportes Fluviais e Marítimos (Garland, Laidley & Co.Ltd), Porto, além de darem assistência aos vapores consignados à Garland, Laidley, nomeadamente aos paquetes da Booth Line e Lamport & Holt Line, prestavam relevantes serviços de rebocagem de fragatas com carga embarcada no rio Douro para baldeação na bacia do porto de Leixões para os vapores de carreira ou vice-versa, mesmo de outras agências e ainda no tráfego costeiro de reboques. A rebocagem no Douro ou em Leixões de navios à vela e nas manobras de desandar os vapores de saída ou de demandar a barra do Douro em ocasiões de águas de cima, a fim de aguentar as guinadas, evitando-se os encalhes na restinga do Cabedelo ou nos enrocamentos dos cais da margem norte.
Em alturas de cheias no rio, por serem dos mais potentes eram requisitados pelos pilotos da barra para pegarem à proa e arriarem de popa os vapores, que cambavam da Ribeira do Porto ou de Gaia para os lugares mais abrigados da Alfandega, cais das Pedras ou Cavaco. Além disso, eram dos primeiros a socorrer navios em dificuldade, fosse no rio, bacia, barras, costa ou ao largo e ainda, em ocasiões de mar tempestuoso. Chegaram a realizar serviços de pilotagem no porto de Leixões, devido à impossibilidade da lancha de pilotar se fazer ao mar.
A 03/02/1929, o Jupiter, sob as ordens de mestre Salvaterra, fez os possíveis e impossíveis para resgatar os desventurados 24 tripulantes e o malogrado piloto da barra Jacinto José Pinto do vapor alemão Deister encalhado a cerca de 400 metros por fora da barra do Douro, que após várias horas de sofrimento, acabaram por desaparecer e o próprio navio naquele mar desfeito.
O Jupiter foi adquirido em 1931 pela empresa Messageries du Senegal, Dakar, quanto ao Mars 2º, que enquanto arvorando bandeira inglesa pertencia à The Booth Steamship Co., Ltd. (Booth Line), foi vendido em bloco em 1941, juntamente com quatro fragatas, à Companhia Colonial de Navegação; Lisboa, recebendo o nome de Nauticus. Um anterior rebocador com o nome de Mars, pertença da firma, perdeu-se por afundamento no rio Douro, aquando da grande cheia de 1909.
Saudações Navegadoras
Rui Amaro

Rui Amaro disse...

Olá Reimar
Aí vai mais.
O rebocador Atlético no seu serviço costeiro entre Setubal, Lisboa e Porto,década de 50, conduzia os batelões Parede e Infante de Sagres Segundo, ambos do armador João António Balançuella, Lisboa.
Quanto ao Aguila, embora estivesse encalhado na Costa Nova, mais tarde foi safo e reparado, regressando ao serviço normal. Por volta de 1950 foi para o estaleiro do Gomes, Porto, e lá esteve uma série de anos, até lá ser desmantelado para sucata.
+ Saudações navegadoras.
Rui Amaro

Luis Filipe Morazzo disse...

Caro Reimar

Destes rebocadores, o único que conheci foi o “Falcão Primeiro”, uma vez que era um dos bons clientes do porto de Lisboa na década de sessenta. Naqueles tempos eu morava em Paço d’ Arcos junto à embocadura do Tejo, e com os velhos binóculos do meu pai sempre em punho, nada me escapava. Muitas foram as vezes que observei este pequeno guerreiro, a demandar a barra do Tejo, trazendo a reboque um ou dois batelões, (dependendo da época do ano) carregados até a borda, com uma tonelagem três vezes superior à dele, e em algumas dessas ocasiões debaixo de muita tormenta. Na verdade, é esta última imagem que eu retenho deste pequeno grande navio, a lutar corajosamente contra o mar em fúria, durante longos e desesperantes minutos, a tentar vencer as traiçoeiras correntes da barra do Tejo, mais parecendo um submarino que um rebocador. Aproveito para saudar a coragem e a destreza daquelas tripulações de verdadeiros homens do mar.
Não querendo abusar da paciência do meu bom amigo, no entanto, aproveitava uma das ondas do Tejo para lhe perguntar o seguinte: Se por ventura já ouviu falar no navio “S.Silvino”? Propriedade da empresa Frasil, que na década de 60 dedicava-se à cabotagem nacional e internacional.

Muito obrigado

Saudações marinheiras

Luís Filipe Morazzo

Diogo Sttau Monteiro disse...

Boa Tarde
Tenho uma maquete muito antiga de um rebocador com nome de aguila e que tem
na chamine a sigla de IP, foi me oferecido, por uma Senhora minha Amiga que
me contou que lhe tinha sido oferecida pelo Patrao dela quando ela trabalhou
durante umas obras grandes no Porto de Lisboa.
Infelizmente a Sra Faleceu e nao consegui mais informacao.

reimar disse...

Boa noite Diogo Monteiro,
Na informação disponível consta que esse rebocador pertenceu à firma Lobo & Freitas e estava registado no Porto.
Creio que como muitos outros rebocadores, esteve a operar na cabotagem i.e. transporte de mercadoria entre os portos nacionais, conduzindo a reboque um ou mais batelões.
Fico grato se me enviar uma foto da maquete, quando tiver oportunidade, para reimar50@gmail.com
Obrigado e cumprimentos,
Reinaldo Delgado